O transporte de toras é uma operação complexa, que requer procedimentos bem definidos e o cumprimento de diversas normas e regulamentações.
O setor de celulose e papel tem experimentado um crescimento significativo no Brasil, impulsionado pela alta demanda interna e pelas exportações. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Árvores (Ibá), o Brasil é o segundo maior produtor de celulose do mundo e o maior exportador global do produto, com uma produção que ultrapassa 21 milhões de toneladas anuais. Esse crescimento impulsiona diretamente o transporte de toras, que movimenta milhões de metros cúbicos de madeira anualmente.
Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) indicam que o transporte rodoviário é responsável por cerca de 60% da movimentação de cargas no Brasil, e uma parte considerável desse volume é composta por produtos florestais. Com a expansão da indústria de celulose e papel, espera-se um aumento contínuo na demanda por transporte de toras seguro e eficiente. Para atender a essa demanda, é fundamental que as operações de transporte sigam normas e regulamentações rigorosas, garantindo a segurança das pessoas e a integridade das cargas.
Entre as principais regulamentações que visam garantir essa segurança, destacam-se a Resolução 246 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de 2007 e a Norma ABNT NBR 15883. Essas normas são fundamentais para assegurar que as toras sejam transportadas de forma segura, minimizando os riscos de acidentes causados por movimentações inadequadas da carga durante o transporte.
 
Resolução 246 Contran – 2007: Regulamentação da Amarração de Toras
A Resolução 246 do Contran, publicada em 27 de julho de 2007, estabelece os requisitos necessários para o transporte de toras de madeira em veículos rodoviários. Esta resolução visa garantir que as toras sejam transportadas de forma segura, minimizando os riscos de acidentes causados por movimentações inadequadas da carga durante o transporte.
Principais requisitos da Resolução 246:
1. Equipamentos Adequados: os veículos devem estar equipados com dispositivos de contenção da carga, como cintas, cabos de aço e catracas, que sejam capazes de suportar a força exercida pelas toras.
2. Fixação da Carga: a carga deve ser fixada de forma a impedir qualquer deslocamento durante o transporte. As cintas e cabos devem ser dispostos de maneira a distribuir uniformemente a tensão sobre as toras.
3. Inspeção e Manutenção: os equipamentos de amarração devem ser periodicamente inspecionados e mantidos em bom estado de conservação, garantindo sua eficácia e segurança.
 
Norma ABNT NBR 15883: Regulamentação das Cintas de Poliéster
A Norma ABNT NBR 15883 estabelece os requisitos para a construção, desempenho e métodos de ensaio das cintas de poliéster utilizadas na amarração de cargas. Esta norma é essencial para assegurar que as cintas de amarração possuam a resistência necessária para suportar as forças aplicadas durante o transporte de toras.
Principais aspectos da Norma ABNT NBR 15883:
1. Material e construção: a norma especifica que as cintas devem ser confeccionadas em poliéster, material que oferece alta resistência à tração e durabilidade. A construção deve ser robusta, com costuras reforçadas para evitar rompimentos.
2. Capacidade de carga: as cintas devem ser projetadas para suportar cargas específicas, e essa capacidade deve ser claramente indicada pelo fabricante. É crucial que as cintas utilizadas no transporte de toras sejam adequadas para o peso e o volume das cargas transportadas.
3. Testes de desempenho: a norma exige que as cintas passem por rigorosos testes de desempenho, incluindo ensaios de tração e resistência a condições adversas, como umidade e variações de temperatura.
 
A Catraca Automática: eficiência e segurança no transporte de toras
A Catraca Automática da WDS desempenha papel fundamental no transporte florestal, conferindo segurança e eficiência durante a operação. O sistema foi projetado para ajustar as cintas de amarração, de maneira automática e contínua, mesmo com o caminhão em movimento, garantindo que as toras permaneçam firmemente fixadas durante todo o trajeto, dispensando paradas e a intervenção de motoristas e operadores.
A amarração adequada das toras diminui a probabilidade de acidentes causados pelo deslocamento da carga, protegendo a vida dos motoristas e dos demais usuários das vias.
 
Investir em tecnologia e seguir rigorosamente as normas estabelecidas são atitudes que refletem o compromisso das empresas com a excelência e a responsabilidade no setor de transporte florestal. Atender às normas e regulamentações é mais do que estar em conformidade e evitar penalidades e multas, é impactar diretamente na segurança viária. 
Aqui neste texto abordamos apenas alguns aspectos principais, mas é importante consultar as regulamentações na íntegra nos sites oficiais da ABNT e Contran.